Como nossa lei/constituição é vaga em diversos pontos dando aos juristas mais de uma interpretação possível isso causa essas ações ainda mais fáceis.
Agora pergunta, é certo combater fogo com fogo?
De certa forma eu concordo, pq em um sistema onde vc não pode contar com o Executivo e Legislativo para punir os próprios colegas corruptos só resta o Judiciário fazer sua parte.
Primeiro a premissa é falha: o executivo fez os condenados no mensalão, e os empresários condenados até o presente momento. cumprirem pena. Não há noticia de que ele tenha falhado neste aspecto. Da mesma forma, a Polícia Federal faz parte do Executivo, e o Judiciário com toda certeza conta com ela. No legislativo a porca realmente entorta o rabo, porém, é esse mesmo legislativo que passou as leis que permitem que a Justiça Federal atue com a eficiência que vemos.
Por outro lado, o judiciário também só faz sua parte
em partes. Como se vê com o desenrolar dos julgamentos de corrupção a nível estadual, onde não se espera absolutamente p* n*. O mesmo valendo para a polícia estadual, e quanto menos se falar dos legislativos estaduais, melhor.
À margem da lei é uma maneira muito educada de dizer "ilegal".
A partir daí, entra-se na discussão de que limite de ilegalidade é tolerável Por Um Bem Maior. Dar um tiro na cabeça de alguém que tu sabe que é criminoso? Não? Porque? Sim? Porque? Como se estabelece os limites de um ator que só tem que respeitar sua própria moral? É papel do juiz colocar sua moral sobre qualquer outra coisa? Ele foi testado a respeito de seus valores morais antes de entrar no cargo? E se tivermos um juiz espírita, ele poderá fazer valer sua moral peculiarmente rigorosa sobre a lei?
Por isso (e tantos outros motivos) o ordenamento brasileiro optou por decidir que juízo de exceção é uma baita duma fria.