Estou chateado com as derrotas, mas me divertindo torcendo pelo Brasil, não acho que ninguém está dando vergonha. Perder acontece e tal.
MAS falando em ser derrubado por vaias no estádio e dar vergonha, a Dilma lançou, com direito a piadas sobre "falta de timing" em basicamente todos os veículos que eu googlei pra achar o link, sua carta:
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/dilma-apresenta-carta-ao-senado-e-a-populacao-assista
A carta é tudo aquilo que ela discursa sem sucesso esse tempo afastado, às vezes nas exatas mesmas palavras, mostrando que apesar de dizer a frase "acolho essas críticas", ela, de fato, não acolheu uma única crítica, nem de nós, nem do próprio partido, nem da oposição, nem de quem diz que é golpe, nem de quem diz que é impeachment, nem de quem votou no Aécio, nem de quem não votou em ninguém.
Não há uma única menção a nenhum erro específico, nenhunzinho, nem na parte da economia, nem na questão de Belo Monte, nem nos cortes feitos (aliás, respondendo à Platy, eu disse que não tinha tido corte na educação e na saúde durante o Temer; eu estava errado, na saúde eu acho que não teve corte mesmo, mas no ensino superior com certeza teve), nem na "estratégia" de transformar o BNDES no caixa privado dos literalmente mais ricos do Brasil, nem em vender uma imagem econômica completamente incoerente com a realidade de propósito por motivos eleitorais, nem nada. Existe essa frase:
"Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho".
Assim como Trump, seu parceiro de populismo, ela é a mais humilde, ninguém é mais humilde que ela no mundo, duvido encontrar aí uma pessoa mais humilde. Mas então, em 4 páginas de documento, é só tudo que fizeram de errado com ela, todas as injustiças que ela sofreu, como os outros desgastaram o governo dela, tudo que os outros fazem de errado. Mas apesar disso, ela acolheu as críticas com humildadezona, a maior humildade, uma humildade nunca antes vista na história deste país. Pior voto da minha vida e olha que já votei no Aloysio Nunes.