• Hey, guest user. Hope you're enjoying NeoGAF! Have you considered registering for an account? Come join us and add your take to the daily discourse.

BrazilGAF |OT| of Samba, Carnaval... and letting GAF have a sample of it all!

Mariip

Member
Rsrs. Eu de verdade tava estranhando nao ter visto um novo topic para essa reviravolta de hj. Precisei usar search para entender q esse titulo é do tópico dessas noticias. E alguns gringos querendo dar uma de entendido? "É diferença cultural genty,lá no brasil é normal resolver as coisas no soco e na mira de revolver" lol.

Vdd nada mais normal q um segurança apontar uma arma pra nossa cabeça e extorquir dinheiro

Ai lembrei q existe um OT pro Brazil q nunca visitei e vim ver as reações dos brasileiros... Oi gente?

Edit: Sobre os tazos, eu e meu primo (e minha irma se contar os q eu roubava dela) juntavamos de tudo qualquer tema... Nem sei onde foram parar, devem ter ido pro lixo :(
Isso se chama karma.


Quanto à polêmica da semana, cara eu devo dizer que quando falaram que a polícia do rio tinha outra versão eu fiquei meio cética na hora e isso me assusta pq eu n sei se foi desconfiança da polícia ou meu complexo de vira-lata agindo, eu fico feliz de saber que era só um americano babaca achando que é dono do rio de janeiro e que agora tá sendo punido por fazer besteira.

A gente fala tão mal do rio de janeiro que é muito mais fácil a galera acreditar que eles foram assaltados do q ter sido um cara bêbado q fez merda :| , na real, ia ser legal se esse incidente fizesse a galera parar de exagerar os problemas de segurança do Brasil, vc pode andar de boas na rua? Não. Mas não é como se não tivessem outros lugares no mundo famosos por assaltarem pessoas que passam por lá, né?

Eu to me preparando psicologicamente pra ler o tópico ainda, desejem-me sorte :T

Alguém jogando No Man's Sky? Eu fiquei um tempão overhyped pelo jogo, mas vendo agora umas resenhas, sheesh.
A última coisa que eu esperava era que o jogo teria pouca exploração e muito crafting tedioso. Esperava justamente o contrário.

eu esperava spore sem customização, pelas reviews parece exatamente isso =/~~~

Edit: nossa eu tenho q visitar mais vezes pra parar de grudar tudo num post só @_@
 

Sblargh

Banned
Eu adoro Spore. :X
Provavelmente coisa de eu ter jogado anos e anos depois do lançamento (acho que foi ano passado que o jogo surgiu em alguma promoção) e não ter feito parte de todo o drama e overhype, mas acho um jogo perfeitamente aceitável e divertido. Dá pra ver em Spore alguns momentos que o passo é maior que a perna, mas num geral, é um jogo único. Essa coisa de pegar uma coisa pequenina e simples e crescer até uma coisa complexa e enorme é excelente.
Nesse sentido Spore faz isso muito bem, acho.

Ah, e Mariip, se você conseguiu evitar o stress enquanto a coisa desenrolava, acho bom aproveitar a boa sorte e não se estressar agora que tudo praticamente se resolveu.
 

Kid Ying

Member
Mas dizem que Nova Iorque melhorou muito com o passar dos anos.

Ainda assim, passear ou até viver em outros países ajuda muito nessa questão de ver as coisas por outros ângulos. Minha namorada achava o Brasil uma titica, aí morou no Japão por anos e a experiência fez ela rever a opinião e hoje acha o Brasil ótimo.

Eu lembro que quando fui pra Paris, a primeira coisa que vi foi um programa estilo cidade alerta, sobre um cara que assaltou uma loja de conveniência com um fuzil. Na hora achei inacreditável, tanto existir um Datena francês como algo assim rolar num país como a França.

Na Espanha também achei tudo muito pouco seguro. Muito desemprego, pessoas passando necessidade e mendigos. Além de ter passado por uma Cracolândia em Málaga.

São coisas que você acha exclusivas do Brasil, mas infelizmente podem existir até em lugares mais privilegiados. Lugar perfeito não existe nenhum não.
 

Sblargh

Banned
Eu tenho um amigo que diz muito bem, acho.
Nós consumimos cultura pop americana, certo? Nós consumimos o que há de melhor naquele país, que é o entretenimento, a cultura, os discursos do Obama, etc., e isso parece bom pra gente porque nós somos alimentados especificamente a parte divertida deles.
Agora imagina ser americano? Imagina que essa bullshit toda que a gente discute no off-topic não é algo que você faz pra passar o tempo no trabalho, mas sim sua vida inteira? Brasil tem 100 problemas e a gente fica perdendo tempo falando de política justamente porque esses 100 problemas existem, então não chamo patriotismo aqui pra varrer nossos problemas pra debaixo do tapete, mas a propaganda marketeira vagabunda de "o melhor do brasil é o brasileiro" foi bem sucedida porque é verdade. Brasileiro é um bicho ótimo.
Ser brasileiro, estar rodeado de brasileiros e, de quebra, poder absorver a cultura pop dos países de gente mais besta?
É uma vida boa nesse sentido.
 

Mariip

Member
Eu adoro Spore. :X
Provavelmente coisa de eu ter jogado anos e anos depois do lançamento (acho que foi ano passado que o jogo surgiu em alguma promoção) e não ter feito parte de todo o drama e overhype, mas acho um jogo perfeitamente aceitável e divertido. Dá pra ver em Spore alguns momentos que o passo é maior que a perna, mas num geral, é um jogo único. Essa coisa de pegar uma coisa pequenina e simples e crescer até uma coisa complexa e enorme é excelente.
Nesse sentido Spore faz isso muito bem, acho.

Ah, e Mariip, se você conseguiu evitar o stress enquanto a coisa desenrolava, acho bom aproveitar a boa sorte e não se estressar agora que tudo praticamente se resolveu.

Eu gostei de spore até chegar na fase espacial, a fase espacial me pareceu muito jogada, e, honestamente, eu tava mais interessada nas partes q roubavam coisa de civilization/sim city e foram as mais decepcionantes...

eu li umas paginas do topico, cansei e desisti, não vale a pena. Não sabia que o nadador já era famoso pelas polêmicas =P

Mas dizem que Nova Iorque melhorou muito com o passar dos anos.

Ainda assim, passear ou até viver em outros países ajuda muito nessa questão de ver as coisas por outros ângulos. Minha namorada achava o Brasil uma titica, aí morou no Japão por anos e a experiência fez ela rever a opinião e hoje acha o Brasil ótimo.

Eu lembro que quando fui pra Paris, a primeira coisa que vi foi um programa estilo cidade alerta, sobre um cara que assaltou uma loja de conveniência com um fuzil. Na hora achei inacreditável, tanto existir um Datena francês como algo assim rolar num país como a França.

Na Espanha também achei tudo muito pouco seguro. Muito desemprego, pessoas passando necessidade e mendigos. Além de ter passado por uma Cracolândia em Málaga.

São coisas que você acha exclusivas do Brasil, mas infelizmente podem existir até em lugares mais privilegiados. Lugar perfeito não existe nenhum não.

Primeira coisa que eu vi em Paris foram motos queimadas, bombas explodindo nas lixeiras e um metrô que tava mais descuidado que a linha de guaianazes da CPTM :|, fez eu aprender a amar o Brasil na real...(era na época que tavam fazendo uns cortes de salário/previdência e tinha protesto todo dia, foi pouco depois do atentado ao metrô de londres, e por isso não deu pra conhecer lá x_x), só sei que eu sai um dia na rua de noite e voltei pro hotel chorando pra voltar pra casa, acho que tava na quinta série e nunca tinha visto um centro de cidade grande na vida...

Desde então eu recomento o pessoal a não ir na republiquè de noite :p
 

allansm

Member
Alguém jogando No Man's Sky? Eu fiquei um tempão overhyped pelo jogo, mas vendo agora umas resenhas, sheesh.
A última coisa que eu esperava era que o jogo teria pouca exploração e muito crafting tedioso. Esperava justamente o contrário.

Eu esperava que crafting fosse parte essencial do jogo, então nem me interessei.

Ainda assim, passear ou até viver em outros países ajuda muito nessa questão de ver as coisas por outros ângulos. Minha namorada achava o Brasil uma titica, aí morou no Japão por anos e a experiência fez ela rever a opinião e hoje acha o Brasil ótimo.
Eu lembro que quando fui pra Paris, a primeira coisa que vi foi um programa estilo cidade alerta, sobre um cara que assaltou uma loja de conveniência com um fuzil. Na hora achei inacreditável, tanto existir um Datena francês como algo assim rolar num país como a França.
Na Espanha também achei tudo muito pouco seguro. Muito desemprego, pessoas passando necessidade e mendigos. Além de ter passado por uma Cracolândia em Málaga.
São coisas que você acha exclusivas do Brasil, mas infelizmente podem existir até em lugares mais privilegiados. Lugar perfeito não existe nenhum não.

Eu morei dois anos em Munique e lá também tinham problemas. Bem menos que no Brasil, mas existem. Algo que achei curioso foi que os alemães são ótimos pra se planejar, mas se algo foge do plano, o caos se instala.

Enquanto estava na Europa, visitei a Itália, a Grécia e a Turquia e todos os três países pareciam o Brasil em termos de caos nas grandes cidades e, pelo que um amigo Italiano me contou, a corrupção lá não é muito menor que aqui.
Visitei a Bélgica uns 4 anos atrás e em Bruxelas existiam bairros onde turistas e até locais evitam entrar por causa de insegurança. Quanto aos EUA, eu visitei algumas cidades menores a trabalho e não gostei, não moraria lá de jeito nenhum.

Mudando de assunto: alguns dias atrás mencionei que Universidades públicas eram um grande meio de ascenção social e hoje me deparei com essa matéria:

http://educacao.estadao.com.br/noti...es-federais-sao-das-classes-d-e-e,10000070529

2/3 dos alunos de universidades federais são das classes D e E.
 

Zero²

Member
Mudando de assunto: alguns dias atrás mencionei que Universidades públicas eram um grande meio de ascenção social e hoje me deparei com essa matéria:

http://educacao.estadao.com.br/noti...es-federais-sao-das-classes-d-e-e,10000070529

2/3 dos alunos de universidades federais são das classes D e E.
Que legal, é engraçado ver essa discussão em torno de privatizar as universidades publicas no Brasil, quando em países como os EUA a pressão da galera mais jovem é bem a oposta. Tanto que esse negocio de educação superior gratuita foi umas das coisas que fez o Bernie ficar tão popular por lá, e vendo a situação dos jovens americanos que endividados até o pescoço com mensalidades gigantescas, realmente não era de se ter surpresa.
 

GunBR

Member
Não é querer generalizar, mas as vezes tenho a impressão de quem apoia a privatização de universidades públicas é quem tem totais condições de pagar
Levando em conta valores cobrados pelas particulares, eu nunca teria conseguido me formar se não fosse a pública. E além das minhas condições, todos meus melhores amigos da faculdade (e que ainda tenho maior contato) são ou eram moradores de casas universitárias, com toda moradia e alimentação paga pelo governo federal e sei como vários ali nunca conseguiram estudar se não fosse isso.

A única coisa que acho que poderia ser revista é a divisão do orçamento entre universidades e escolas. Realmente não sei como funciona isso, ainda mais que as escolas são estaduais/municipais enquanto as universidades são federais, mas tendo estudado em escola pública desde a quinta série, eu via a diferença gritante de um e outro.
Nos últimos 6 anos a universidade daqui já construiu 2-3 prédios novos e tem mais 2 em construção atualmente, além de todas instalações serem em um nível de bom para ótimo.
Já na escola pública não se tinha folha e tinta pra imprimir prova (teve professor até revivendo o mimiografo em pleno 2006), obviamente não tinha livros, uma época não se tinha giz (professores pagavam do bolso), etc. E isso usando exemplos que eu vivi, pq sei como existem escolas muito piores em outras regiões.
 
Pra universidades estaduais, tem sempre que lembrar que eles recebem uma renda considerável da inscrição pra vestibular, se ainda praticarem. Aí ainda tem o complemento das mensalidades de pós/mest/dout.
Escola, infelizmente, fica 100% apenas com a renda que o estado/municipio mandar.
---
hrm. curiosidade por números pré e pós enem. Conversão dele de mero método de avaliação pra método de entrância em 2009 foi uma daquelas coisas que eu fiquei verde de inveja de não ter tido no meu tempo.

dai levar em conta que
A Lei nº 12.711/2012 garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência.
 

Zero²

Member
Eu particularmente não vejo problemas com cotas, acho bom até. O problema é a falta de preparo das universidades em geral para lidar com esses alunos.
O que me deixa mais triste são professores universitários sem um pingo de didática, matérias que deveriam ser legais como calculo por exemplo transformados em verdadeiros pesadelos. Graças a deus passando da metade do curso a maioria são bons professores.
 
um dos grandes mistérios do ensino público universitário é porque diabos não é necessário ter qualificação em metodologia do ensino ou pedagoria para dar aulas.

dai tu tem profissionais formados para a pesquisa...tendo que lidar com salas de aula. Dá zica. O ensino superior particular geralmente contorna isso na base do "se a turma te odiar o suficiente, pode ter certeza que a gente te chuta daqui".
 

allansm

Member
um dos grandes mistérios do ensino público universitário é porque diabos não é necessário ter qualificação em metodologia do ensino ou pedagoria para dar aulas.

dai tu tem profissionais formados para a pesquisa...tendo que lidar com salas de aula. Dá zica. O ensino superior particular geralmente contorna isso na base do "se a turma te odiar o suficiente, pode ter certeza que a gente te chuta daqui".

Isso não acontece só no Brasil. Conheço pesquisadores europeus e americanos que tem que dar aula também. A diferença é que a carga horária de aulas no Brasil é muito grande comparado com EUA e Europa, a ponto de inviabilizar conduzir pesquisa e dar aulas de qualidade ao mesmo tempo. Como muitos professores, principalmente nas exatas, tão interessados mais na pesquisa, as aulas sofrem.
 

Platy

Member
Zero²;214276536 said:
Eu particularmente não vejo problemas com cotas, acho bom até. O problema é a falta de preparo das universidades em geral para lidar com esses alunos.
O que me deixa mais triste são professores universitários sem um pingo de didática, matérias que deveriam ser legais como calculo por exemplo transformados em verdadeiros pesadelos. Graças a deus passando da metade do curso a maioria são bons professores.

Eu acho cotas 200% necessario. Fiz 5 anos de graduação na UNICAMP e posso contar em uma mão a quantidade de negros que vi pelo campus. E olha que no primeiro ano eu morei na moradia !
 

Zero²

Member
Na verdade sou de São José ahoauhoua mas é quase a mesma coisa. E trabalho do lado da UFSC kkk
Olhoho quem diria, o mundo é pequeno mesmo! Eu morei ate meus 10 anos ai em São José, Barreiros pra ser mais preciso :p
Dai me mudei pra Blumenau e voltei pra estudar uns 4 anos atras.
Trabalhas com o que?
Eu acho cotas 200% necessario. Fiz 5 anos de graduação na UNICAMP e posso contar em uma mão a quantidade de negros que vi pelo campus. E olha que no primeiro ano eu morei na moradia !
Ah sim, bem, quando tava falando de cotas tava me referindo mais a cotas para escola publica, cotas raciais eu sou neutro, já que nunca fui me informar sobre o assunto (se funciona ou não).
 
Isso não acontece só no Brasil. Conheço pesquisadores europeus e americanos que tem que dar aula também. A diferença é que a carga horária de aulas no Brasil é muito grande comparado com EUA e Europa, a ponto de inviabilizar conduzir pesquisa e dar aulas de qualidade ao mesmo tempo. Como muitos professores, principalmente nas exatas, tão interessados mais na pesquisa, as aulas sofrem.

ah sim, com certeza. o exemplo maximo disso é, peculiarmente, americano. Um tal de Ted Kaczynski.

In late 1967, Kaczynski became an assistant professor of mathematics at the University of California, Berkeley, where he taught undergraduate courses in geometry and calculus. He was also noted as the youngest professor ever hired by the university, but this position proved short-lived. Kaczynski received numerous complaints and low ratings from the undergraduates he taught. Many students noted that he seemed quite uncomfortable in a teaching environment, often stuttering and mumbling during lectures, becoming excessively nervous in front of a class, and ignoring students during designated office hours. Without explanation, he resigned from his position in 1969, at age 26. At the time, the chairman of the mathematics department, J. W. Addison, called this a "sudden and unexpected" resignation.[24][25] In 1996, vice chairman Calvin Moore said that, given Kaczynski's "impressive" thesis and record of publications, "He could have advanced up the ranks and been a senior member of the faculty today."[26]

mas ele teve a decência de admitir que essa vida não era pra ele e partir pra coisas mais produtivas e tal. Super legal o coordenador do curso ter ficado "mas pow, pq nao continuou, brow?"
 

Sblargh

Banned
Acho que todo mundo (que é sensato) que defende privatização de universidades pensa que, em contrapartida, o governo deveria fazer um programa robusto e amplo de bolsas de estudos.
E se quer saber, se fosse só a questão de colocar pobre na universidade, eu diria que isso já teria acontecido. O negócio mesmo é pesquisa. Nenhum país moderno funciona sem pesquisa (em especial, os próprios políticos ficariam perdidos sem pessoal de humanas criando pauta pra eles). Pesquisa científica desinteressada em fins lucrativos é o tipo de coisa absolutamente necessária pro capitalismo contemporâneo, mas que o capitalismo contemporâneo nunca conseguiu exatamente fazer (algo que talvez, bem talvez, esteja começando a mudar agora que os magnatas são nerds da Sillicon Valley e estão começando a bancar esse tipo de pesquisa do bolso).

Por isso universidade particular tende a parecer ensino profissionalizante e universidade pública tende a parecer instituto de pesquisa com umas salas de aula anexadas. É aquelas coisas onde as instituições brasileiras são colchas de retalho com programas empilhados em programas como tapa-buraco do último programa. Enquanto nos EUA, o ensino geralmente é particular, convencionou-se que a pesquisa é feita por meio de bolsas de estudo do governo (grants), mas o ensino profissionalizante é pago (geralmente por meio de dívidas que pessoal da nossa idade no país deles vai se foder pra pagar); aqui a coisa é parecida, mas ao invés de ter sido planejado dessa maneira, só meio que aconteceu. Então nós temos essas duas instituições, a do mercado pro mercado (universidade particular) e a do governo pro mercado (universidade pública); a primeira, principalmente, fornece profissionais, embora também faça alguma pesquisa e a segunda, principalmente, fornece pesquisa, embora também forme profissionais.

Acho que esse é um bom caminho também pra explicar porque educação de base é eternamente desprezada apesar de todo mundo jurar de pé junto que educação de base é o caminho; porque na prática ninguém se importa. Colégio não treina para uma profissão e nem faz pesquisa, portanto é basicamente irrelevante.
Daí que em geral eu sou a favor de pedagogias que valorizam saúde mental, cidadania, raciocínio lógico e capacidade de pesquisa do que conteúdo; a gente fica dando murro em ponto de faca pra criar mini-universitários ou mini-profissionais; enquanto educação for vista como um preâmbulo pra "coisa de verdade" que é universidade ou mercado de trabalho, as pessoas vão, por instinto, não dar valor, porque, por instinto, a pessoa sabe que esse é um buraco que a universidade tapa se necessário. Logo ela vai tender, no voto, a favorecer quem promete mais universidade do que quem promete mais ensino de base.
 

allansm

Member
ah sim, com certeza. o exemplo maximo disso é, peculiarmente, americano. Um tal de Ted Kaczynski.

mas ele teve a decência de admitir que essa vida não era pra ele e partir pra coisas mais produtivas e tal. Super legal o coordenador do curso ter ficado "mas pow, pq nao continuou, brow?"

O problema se mantém: pesquisa no Brasil é feita quase só em universidades federais, porém ninguém é contratado pra ser pesquisador, mas sim professor. Então tu tem o caso de um ótimo pesquisador que pra fazer o que quer, é obrigado a dar aula, mesmo que ele seja péssimo nisso.
 

Unai

Member
Alguém jogando No Man's Sky? Eu fiquei um tempão overhyped pelo jogo, mas vendo agora umas resenhas, sheesh.
A última coisa que eu esperava era que o jogo teria pouca exploração e muito crafting tedioso. Esperava justamente o contrário.

Eu gostei pra caramba.

U0CHPGI.png
 

Platy

Member
Acho que todo mundo (que é sensato) que defende privatização de universidades pensa que, em contrapartida, o governo deveria fazer um programa robusto e amplo de bolsas de estudos.
E se quer saber, se fosse só a questão de colocar pobre na universidade, eu diria que isso já teria acontecido.

A UNICAMP, cuja verba inteira de pós vai pra pesquisas (principalmente de soja) ... tem um SENHOR programa de bolsas.

Tem a bolsa moradia, que é basicamente deixar a pessoa morar na moradia (q tem transporte gratis pra universidade)
Tem a bolsa alimentação, que é comer no restaurante universitario de graça (preço normal : 3 reais para estudantes e 10 para não estudantes)
Tem a bolsa transporte, que é uma ajuda de custo baixa para ser usado com transporte e gastos
Tem a bolsa trabalho, que é uma ajuda de custo alta (era uns 600 reais quando eu tava la) em troca do aluno fazendo 2 periodos por semana de "trabalho" (tipo ficar no balcão da biblioteca)

E mais outras ... no site tem umas tipo Bolsa Emergencial, Bolsa auxilio estudo e formação e outras q eu não cheguei a conhecer pessoas q tinham então não manjo muito pra explicar =P

Mas isso era antes do corte de verba de 40 milhões que gerou protestos desde maio até o começo desse mes. Protesto esse que sempre foi muito bem noticiado

xtu37QP.png


Fuck yeah cachorro guerrilheiro
 

Subaru

Member
Pesquisa científica desinteressada em fins lucrativos é o tipo de coisa absolutamente necessária pro capitalismo contemporâneo, mas que o capitalismo contemporâneo nunca conseguiu exatamente fazer (algo que talvez, bem talvez, esteja começando a mudar agora que os magnatas são nerds da Sillicon Valley e estão começando a bancar esse tipo de pesquisa do bolso).

Isso é algo que as pessoas custam a entender, que o dinheiro da iniciativa privada não vem de graça, e que é importante pra nossa sociedade ter autonomia na pesquisa e não depender do viés mercadológico. É só ver o que acontece nos EUA, quando vc ve que o McDonalds patrocina congresso de nutrição =P

(eu sei q patrocinar congresso de nutrição não é nada perto de encobrir pesquisas q remédios que poderiam curar ao invés de criar dependência, ou de diretrizes alimentares que contrariam a industria alimentícia, ou tantos outros exemplos, etc. Mas q é foda, é. Aqui no Brasil, pelo menos as nutricionistas q eu conheço, ficariam REVOLTADAS se servissem a elas comida do Mc em um congresso de alimentação saudável).

http://www.motherjones.com/environment/2014/05/my-trip-mcdonalds-sponsored-nutritionist-convention

Por isso universidade particular tende a parecer ensino profissionalizante e universidade pública tende a parecer instituto de pesquisa com umas salas de aula anexadas. É aquelas coisas onde as instituições brasileiras são colchas de retalho com programas empilhados em programas como tapa-buraco do último programa. Enquanto nos EUA, o ensino geralmente é particular, convencionou-se que a pesquisa é feita por meio de bolsas de estudo do governo (grants), mas o ensino profissionalizante é pago (geralmente por meio de dívidas que pessoal da nossa idade no país deles vai se foder pra pagar); aqui a coisa é parecida, mas ao invés de ter sido planejado dessa maneira, só meio que aconteceu.

Olha, posso falar só pela USP agora (que é meu segundo lar há 14 anos). Mas ela foi criada para ser centro de excelência de pesquisa (e claro, manter a elite de SP elite, mas vamos deixar isso de lado). A idéia da USP é, sempre foi e sempre será formar "formadores".

O problema é que mesmo com o enfoque mais teórico (a Unicamp, por ex, é bem mais moderna que a USP) ela acaba atraindo as pessoas que querem se formar para o mercado de trabalho pq ela tem qualidade e reputação.

Uma coisa que me espantou mto qdo eu vim pra SP foi a quantidade de gente de SP (com grana) q não faz USP, pq pra mim era óbvio que se vc tem oportunidade de fazer cursinho, tinha que ir estudar na melhor. De onde eu venho (SJCampos), a cultura de passar na IVY LEAGUE PAULISTANA (hahahaha) é fortissima, isso pros que não querem fazer ITA e tal. Então, é meio que "obrigação" da classe média de lá fazer uma das três, a não ser que seja um mal aluno mesmo e se contente com menos.

Bom, com a visão que eu tenho hoje, o grande problema é que faltam faculdades particulares de qualidade. A PUC é excelente, e temos uma ou outra em algumas áreas. A ESPM é referência, a GV também é de altíssima qualidade, mas elas juntas nem arranham o tamanho da USP - além de custarem caro. Além disso, só conseguem absorver o pessoal que é de SP mesmo (pagar aluguel pra morar em SP + mensalidade é definitivamente não é pra qualquer um).

O resultado disso é que a USP quer ser uma instituição de pesquisa mas ela acaba recebendo muita gente que só quer um ensino profissionalizante. E não tem mto como selecionar isso, sabe? Pq mesmo o carinha que fez ciência da computação e não aprendeu muita coisa prática de verdade (o curso é criticado por ser extremamente teórico), ele desenvolve diversas competências e habilidades que vai fazer ele aprender se virar sozinho no mercado de trabalho.

Por outro lado, tirando as universidades particulares de elite, tá cheio de curso bosta por aí. Nâo faz mto tempo que uma faculdade grande aí comprou outra e eles mudaram o plano de carreira (pra pagar menos) e DEMITIRAM TODO MUNDO pra recontratar o povo com salários menores.

A busca pelo lucro também faz com que essas faculdades não gostem de gente qualificada. Já tive dois amigos demitidos pq terminaram o doutado então passariam a receber mais. Embora essa seja uma lógica do mercado em diversas áreas, é realmente triste ver que professor bem qualificado é descartado.

Esse foi um outro choque pro meu eu de 17, 18 anos: nas estaduais (e acho q nas federais tb) não pode mais contratar gente sem doutorado, na USP mesmo mais de 99% dos professores tem doutorado (pq tem uns que sobraram da época q era possível contratar mestre). E em muitas faculdades particulares eles DEMITEM os doutores pra manter apenas a cota minima exigida pelo MEC.

Então eu concordo que tá faltando uma faculdade mais barata que a PUC mas que seja comprometida com a qualidade. Pq faculdade já é ensino profissionalizante mesmo, quem fez MBA sabe do que eu to falando. O horror...

EDIT:

AH sim, faltou falar sobre a Universidade Pública como meio de transformação social. Pra quem faz medicina é dificil perceber isso, mas eu conheço pessoas que mudaram radicalmente de vida por causa da USP. Gente que vendeu o PC da família pra se sustentar por UM SEMESTRE na faculdade enquanto não arrumava estágio, gente que trabalhava de empacotador de supermercado pra pagar cursinho e entrar em letras (pq jornalismo seria mto dificil e impossível de conseguir). E hoje é um cara extremamente bem sucedido e comprometido em promover cultura e tal.

Eu mesmo não teria condições de fazer uma faculdade paga de qualidade e meu ensino teria sido infinitamente pior se não fosse a USP - e consequentemente minha vida também. Comi o pão que o diabo amassou lá (inclusive dormir todo dia na casa de um amigo diferente em épocas q tava com problema de moradia), mas foi a melhor oportunidade que tive na vida.
 

Kid Ying

Member
O inverso também rola. Eu quero ser professor universitário e entrei na carreira de pesquisa pra isso. Preferia só dar aulas, mas a progressão de carreira fica terrível se você não ficar lancando artigos aqui e ali.

E nos EUA é fogo. Professor de lá que vem pr cá a acha surreal a carga horária de aula. Lá eles dão aula por uns 40, 50 minutos e o resto é lista de exercício e monitor. Pra muitos professores que já tive isso seria ótimo, mas pros bons eu acho que seria uma perca. Aula boa com alguém interessado ajuda demais.
 

Subaru

Member
O inverso também rola. Eu quero ser professor universitário e entrei na carreira de pesquisa pra isso. Preferia só dar aulas, mas a progressão de carreira fica terrível se você não ficar lancando artigos aqui e ali.

E nos EUA é fogo. Professor de lá que vem pr cá a acha surreal a carga horária de aula. Lá eles dão aula por uns 40, 50 minutos e o resto é lista de exercício e monitor. Pra muitos professores que já tive isso seria ótimo, mas pros bons eu acho que seria uma perca. Aula boa com alguém interessado ajuda demais.

Não só lista de exercício e monitor, mas também projetos etc. A carga horária de aula aqui é gigantesca comparada aos EUA. Mas não tenho dados sobre qual método é melhor - enquanto acredito que envolver alunos em projetos e outras atividade seja benéfico pro aprendizado, gostaria de ver como é no resto do mundo.
 

Sblargh

Banned
A UNICAMP, cuja verba inteira de pós vai pra pesquisas (principalmente de soja) ... tem um SENHOR programa de bolsas.

Tem a bolsa moradia, que é basicamente deixar a pessoa morar na moradia (q tem transporte gratis pra universidade)
Tem a bolsa alimentação, que é comer no restaurante universitario de graça (preço normal : 3 reais para estudantes e 10 para não estudantes)
Tem a bolsa transporte, que é uma ajuda de custo baixa para ser usado com transporte e gastos
Tem a bolsa trabalho, que é uma ajuda de custo alta (era uns 600 reais quando eu tava la) em troca do aluno fazendo 2 periodos por semana de "trabalho" (tipo ficar no balcão da biblioteca)

E mais outras ... no site tem umas tipo Bolsa Emergencial, Bolsa auxilio estudo e formação e outras q eu não cheguei a conhecer pessoas q tinham então não manjo muito pra explicar =P

Mas isso era antes do corte de verba de 40 milhões que gerou protestos desde maio até o começo desse mes. Protesto esse que sempre foi muito bem noticiado

xtu37QP.png


Fuck yeah cachorro guerrilheiro

Acho que isso prova um pouco o que eu digo; se é questão de dar dinheiro pra pessoa estudar e sair com diploma, você não precisa de uma universidade pública. Se a privatização fosse só questão de "ensino de graça", universidade já seria privada, acho. Seria só acrescentar mais uma bolsa em cima desse monte. O que é difícil de privatizar não é o ensino, é a pesquisa.

Olha, posso falar só pela USP agora (que é meu segundo lar há 14 anos). Mas ela foi criada para ser centro de excelência de pesquisa (e claro, manter a elite de SP elite, mas vamos deixar isso de lado). A idéia da USP é, sempre foi e sempre será formar "formadores".

O problema é que mesmo com o enfoque mais teórico (a Unicamp, por ex, é bem mais moderna que a USP) ela acaba atraindo as pessoas que querem se formar para o mercado de trabalho pq ela tem qualidade e reputação.

Uma coisa que me espantou mto qdo eu vim pra SP foi a quantidade de gente de SP (com grana) q não faz USP, pq pra mim era óbvio que se vc tem oportunidade de fazer cursinho, tinha que ir estudar na melhor. De onde eu venho (SJCampos), a cultura de passar na IVY LEAGUE PAULISTANA (hahahaha) é fortissima, isso pros que não querem fazer ITA e tal. Então, é meio que "obrigação" da classe média de lá fazer uma das três, a não ser que seja um mal aluno mesmo e se contente com menos.

Bom, com a visão que eu tenho hoje, o grande problema é que faltam faculdades particulares de qualidade. A PUC é excelente, e temos uma ou outra em algumas áreas. A ESPM é referência, a GV também é de altíssima qualidade, mas elas juntas nem arranham o tamanho da USP - além de custarem caro. Além disso, só conseguem absorver o pessoal que é de SP mesmo (pagar aluguel pra morar em SP + mensalidade é definitivamente não é pra qualquer um).

O resultado disso é que a USP quer ser uma instituição de pesquisa mas ela acaba recebendo muita gente que só quer um ensino profissionalizante. E não tem mto como selecionar isso, sabe? Pq mesmo o carinha que fez ciência da computação e não aprendeu muita coisa prática de verdade (o curso é criticado por ser extremamente teórico), ele desenvolve diversas competências e habilidades que vai fazer ele aprender se virar sozinho no mercado de trabalho.

Aham. Eu sou um recém-uspiano (fiz faculdade privada na São Judas e aí mestrado na USP), não quero nem de longe desmerecer com isso, mas quando a USP aparece na lisa de "melhores universidades da américa latina" e tal é porque as coisas medidas são professores com doutorado e o quanto esses professores publicam, o que numa universidade direcionada para exatamente ter um monte de professor com doutorado que publica muito fica fácil. Obviamente não quer dizer que o ensino é ruim, mas há aí uma desconexão entre o que é ser um berço de ciência e um berço de profissionais. Há também uma confluência, mas enfim, as duas coisas não são exatamente a mesma de nenhum modo.

Por outro lado, tirando as universidades particulares de elite, tá cheio de curso bosta por aí. Nâo faz mto tempo que uma faculdade grande aí comprou outra e eles mudaram o plano de carreira (pra pagar menos) e DEMITIRAM TODO MUNDO pra recontratar o povo com salários menores.

A busca pelo lucro também faz com que essas faculdades não gostem de gente qualificada. Já tive dois amigos demitidos pq terminaram o doutado então passariam a receber mais. Embora essa seja uma lógica do mercado em diversas áreas, é realmente triste ver que professor bem qualificado é descartado.

Universidades particulares tem mil problemas, sim. Talvez seria questão de regular melhor o que constitui ensino privado, mas sim, quando eu fiz São Judas era essa coisa bizarra de que os melhores professores eram demitidos um por ano, exatamente por serem os melhores professores, pois eram mais caros. Era uma anti-tenure, em que seu emprego estava mais em risco com o passar do tempo.

Esse foi um outro choque pro meu eu de 17, 18 anos: nas estaduais (e acho q nas federais tb) não pode mais contratar gente sem doutorado, na USP mesmo mais de 99% dos professores tem doutorado (pq tem uns que sobraram da época q era possível contratar mestre). E em muitas faculdades particulares eles DEMITEM os doutores pra manter apenas a cota minima exigida pelo MEC.

Não sei como resolver isso sem o governo ir lá e legislar esse tipo de coisa, o que eu honestamente não sei se deveria ser feito; por tudo que uma universidade privada é escrota, elas não tem lá um lucro enorme também que a gente pode apontar ganância logo de cara.

Por outro lado, acho que exigir que só doutores lecionem acho razoável; o problema entra naquilo que o Tomas fala, onde espera-se do cara ser cientista e professor tudo ao mesmo tempo; mas em país civilizado (que não é o caso dos EUA na educação) é normal precisar de mestrado para dar aula em colégio. E aí pagar e ter um ambiente de trabalho de acordo com o que um profissional com essa formação espera.

Deveria ser a norma também um doutorado para dar aula em universidade, pública ou privada.

Então eu concordo que tá faltando uma faculdade mais barata que a PUC mas que seja comprometida com a qualidade. Pq faculdade já é ensino profissionalizante mesmo, quem fez MBA sabe do que eu to falando. O horror...

Ou faculdades particulares tão boas e caras quanto a PUC onde o governo banca as mensalidades de quem não pode, que é o que é proposto quando alguém fala em privatizar as públicas.

O inverso também rola. Eu quero ser professor universitário e entrei na carreira de pesquisa pra isso. Preferia só dar aulas, mas a progressão de carreira fica terrível se você não ficar lancando artigos aqui e ali.

E nos EUA é fogo. Professor de lá que vem pr cá a acha surreal a carga horária de aula. Lá eles dão aula por uns 40, 50 minutos e o resto é lista de exercício e monitor. Pra muitos professores que já tive isso seria ótimo, mas pros bons eu acho que seria uma perca. Aula boa com alguém interessado ajuda demais.

Essa cultura de artigos está sendo tão criticada que acho que algum dia desses algum país grande muda a forma de distribuir bolsa de estudo; porque o problema todo é esse ciclo.
Pesquisa precisa de bolsa, as bolsas são dadas por mérito, mérito é calculado em quantidade de papers entregues.
Revistas baseadas em peer review é uma instituição que, embora funcione em grande parte, tem gerado uns circulos vicíosos que acho que vai levar a algum colapso em um tempo. A Vox está em uma cruzada contra isso faz um tempo:

http://www.vox.com/2016/7/14/12016710/science-challeges-research-funding-peer-review-process

http://www.vox.com/2015/12/7/9865086/peer-review-science-problems

Acho que eles exageram um pouco, mas enfim, eu 100% concordo que o modelo de bolsa de estudos deveria ser revisto para recompensar método ao invés de resultado (o que põe a instituição da universidade ainda mais distante de um ideal do mercado).

O jeito que funciona hoje é tipo: você coleta dados, deriva alguma conclusão deles, publica o estudo, sua universidade ganha um pontinho que afeta diretamente quanto dinheiro ela ganha.

O jeito que deveria funcionar é tipo: você coleta dados, publica eles raw sem nenhum tipo de conclusão, refaz experimentos dos outros, publica esses dados, etc e tal e às vezes, se pá, depois de ver dados ao redor do mundo, talvez, depois de pensar muito, com muito carinho, se quiser, você deriva alguma conclusão deles.

Porque o problema é que em ciência, a maioria dos estudos não tem conclusão mesmo, a ciência conclui muito pouco e isso é bom porque falsiabilidade é uma parte enorme do esquema. E que certas hipóteses sejam de fato falsas é esperado; mas não há nenhum incentivo para enviar pra uma revista um paper que diz "nós re-testamos aquela hipótese que o primeiro lab já mostrou falsa e, bom, é verdade, é falsa mesmo, nothing to see here, move on".

Nós temos essa benção de ter instituições científicas sem fins lucrativos e elas trabalham sob a lógica de uma meritocracia mesmo assim. Algum dia alguém tem que achar uma solução.
(talvez o errado não seja culpar a meritocracia, mas sim o que a meritocracia julga: ciência não se mede em conclusões, mas em metodologia e experimento, talvez a saída seja direcionar a meritocracia para um modo de 'boas práticas' ao invés de 'bons resultados')

(minha aposta: https://cos.io/)
 
Legal essa pesquisa em relação as universidades públicas. Tendo o meu exemplo como a UFSC, esperava que a % de pessoas de renda mais alta tivesse uma participação maior nas universidades públicas. Me pergunto onde estão os "ricos" então kkkk. Além disso, colocar 34% de jovens no ensino superior é uma meta bem ambiciosa que acredito ser difícil alcançar com o modelo atual.

Zero²;214283607 said:
Olhoho quem diria, o mundo é pequeno mesmo! Eu morei ate meus 10 anos ai em São José, Barreiros pra ser mais preciso :p
Dai me mudei pra Blumenau e voltei pra estudar uns 4 anos atras.
Trabalhas com o que?

Ah sim, bem, quando tava falando de cotas tava me referindo mais a cotas para escola publica, cotas raciais eu sou neutro, já que nunca fui me informar sobre o assunto (se funciona ou não).

Caramba, sério? uahoauhoauh Barreiros é bem perto daqui, eu moro no outro lado da BR kkkk
Blumenau é lindo d+, trabalho com programação, mas tenho uns projetos com música e jogos também hehe (aliais, apresentei na gamercom)
 

Hopeford

Member
Uma pergunta: a thread sobre o Loche e a coisa toda sobre certas áreas do Brasil sendo melhores que outras me fez lembrar que apesar de ainda ir no Brasil todo verão eu basicamente julgo o pais pela cidade que eu nasci, que não é exatamente a melhor cidade. Por curiosidade, como Belém do Pará se compara ao resto do pais?

Pergunto porque não tenho a melhor das opiniões da cidade mas eu realmente so conheço Belém, Rio e São Paulo. Tipo, por acaso Belém é uma cidade considerada ruim no Brasil em comparação as outras?

Desculpe pelo meu português ruim, eu nasci no Brasil mas faz tanto tempo que eu morei la que meu português não esta dos melhores...vou tentar visitar essa thread de vez em quando para ver se eu consigo melhorar um pouco. Falo com os meus pais ainda, mas sinceramente não lembro da ultima vez que escrevi alguma coisa em português...sinceramente, escrevendo esse post aqui está sendo mais difícil do que eu achei que seria.

Tudo bem se eu postar aqui de vez em quando com um português meio quebrado? haha.
 

GunBR

Member
Uma pergunta: a thread sobre o Loche e a coisa toda sobre certas áreas do Brasil sendo melhores que outras me fez lembrar que apesar de ainda ir no Brasil todo verão eu basicamente julgo o pais pela cidade que eu nasci, que não é exatamente a melhor cidade. Por curiosidade, como Belém do Pará se compara ao resto do pais?

Pergunto porque não tenho a melhor das opiniões da cidade mas eu realmente so conheço Belém, Rio e São Paulo. Tipo, por acaso Belém é uma cidade considerada ruim no Brasil em comparação as outras?

Desculpe pelo meu português ruim, eu nasci no Brasil mas faz tanto tempo que eu morei la que meu português não esta dos melhores...vou tentar visitar essa thread de vez em quando para ver se eu consigo melhorar um pouco. Falo com os meus pais ainda, mas sinceramente não lembro da ultima vez que escrevi alguma coisa em português...sinceramente, escrevendo esse post aqui está sendo mais difícil do que eu achei que seria.

Tudo bem se eu postar aqui de vez em quando com um português meio quebrado? haha.
Minha família é toda paraense tb, apesar de eu ser do RS. E geralmente a uma visão que o norte é mais perigoso que o sul e sudeste.

Eu vejo isso mais como preconceito, MAS a minha própria mãe diz que ela se sente muito mais segura aqui do que se sentia lá em Belém. Isso que ela ama a cidade dela e mesmo morando a 27 anos ainda não gosta do RS (mais pela temperatura)
MAS (2), isso pode ser preconceito dela contra sua própria cidade (amo minha mãe, mas ela leva muito em conta o que é dito em jornais e na TV)
 

allansm

Member
Uma pergunta: a thread sobre o Loche e a coisa toda sobre certas áreas do Brasil sendo melhores que outras me fez lembrar que apesar de ainda ir no Brasil todo verão eu basicamente julgo o pais pela cidade que eu nasci, que não é exatamente a melhor cidade. Por curiosidade, como Belém do Pará se compara ao resto do pais?

Pergunto porque não tenho a melhor das opiniões da cidade mas eu realmente so conheço Belém, Rio e São Paulo. Tipo, por acaso Belém é uma cidade considerada ruim no Brasil em comparação as outras?

Desculpe pelo meu português ruim, eu nasci no Brasil mas faz tanto tempo que eu morei la que meu português não esta dos melhores...vou tentar visitar essa thread de vez em quando para ver se eu consigo melhorar um pouco. Falo com os meus pais ainda, mas sinceramente não lembro da ultima vez que escrevi alguma coisa em português...sinceramente, escrevendo esse post aqui está sendo mais difícil do que eu achei que seria.

Tudo bem se eu postar aqui de vez em quando com um português meio quebrado? haha.

Eu nunca fui pra Belém, mas pelo que sei do Norte (e o que pessoas que foram pra Manaus me contaram) a região é mais pobre que o Sul e Sudeste. São Paulo só passei pela cidade rápido, mas pelo que vi, é semelhante ao Sul do país, que é onde eu nasci e moro atualmente, e tá dá uma melhor idéia de como as regiões mais ricas do país são. O Rio me parece uma cidade única, difícil comprar com o resto do país. O Brasil é muito grande e as regiões são bem diferentes, tanto em termos culturais quanto em termos de riqueza/pobreza.

Se tu tá pensando em assaltos e violência, esses são problemas de cidades grandes ou médias no país todo. Cidades pequenas são seguras. Ao contrário do que alguns dos estrangeiros no tópico do Lochte acreditam, violência não é algo cultural do Brasileiro, é um resultado da enorme desigualdade social no país.
 

Hopeford

Member
Minha família é toda paraense tb, apesar de eu ser do RS. E geralmente a uma visão que o norte é mais perigoso que o sul e sudeste.

Eu vejo isso mais como preconceito, MAS a minha própria mãe diz que ela se sente muito mais segura aqui do que se sentia lá em Belém. Isso que ela ama a cidade dela e mesmo morando a 27 anos ainda não gosta do RS (mais pela temperatura)
MAS (2), isso pode ser preconceito dela contra sua própria cidade (amo minha mãe, mas ela leva muito em conta o que é dito em jornais e na TV)

Eu nunca fui pra Belém, mas pelo que sei do Norte (e o que pessoas que foram pra Manaus me contaram) a região é mais pobre que o Sul e Sudeste. São Paulo só passei pela cidade rápido, mas pelo que vi, é semelhante ao Sul do país, que é onde eu nasci e moro atualmente, e tá dá uma melhor idéia de como as regiões mais ricas do país são. O Rio me parece uma cidade única, difícil comprar com o resto do país. O Brasil é muito grande e as regiões são bem diferentes, tanto em termos culturais quanto em termos de riqueza/pobreza.

Se tu tá pensando em assaltos e violência, esses são problemas de cidades grandes ou médias no país todo. Cidades pequenas são seguras. Ao contrário do que alguns dos estrangeiros no tópico do Lochte acreditam, violência não é algo cultural do Brasileiro, é um resultado da enorme desigualdade social no país.

Obrigado pelas respostas! Yeah, eu estava pensando mais em assaltos e violencia. Eu lembro de estar na escola um dia na quarta serie e ser avisado que nos não podiamos sair pela porta da frente porque alguem tinha um refem bem na frente...e outro dia lembro tambem de alguem ter tentado assaltar o pai de algum estudante, mas o cara tirou a arma do assaltate e matou ele, tambem na frente da minha escola. Tambem lembro de um bando de assaltos que teve aonde entraram em apartamentos...

Estava perguntanto porque tipo, essas memorias parecem horriveis lembrando mas para ser justo eu não sei se isso ainda acontece em Belém ou se isso acontece no resto do Brasil tambem. Tambem não lembro o quão frequente coisas assim eram, mudei de la quando eu tinha 13 anos e uma semana por ano não é exatamente o bastante para medir como as coisas tão nesse level...

Sei que isso soa meio estranho, mas é que de vez em quando amigos me perguntam como o Brasil é de verdade ignorando a media e tudo e eu tenho que dizer "Sinceramente, não faço a menor a ideia." Porque eu realmente não sei haha. Realmente não sei se as coisas que eu costumava ver em Belem acontecem no resto do Brasil.
 

Tyrael

Member
Hahahahahaha, típico comportamento aqui dos gringos, desmerecer tudo o que o Brasil conquista.

Bando de bebezões deprimentes.
 

allansm

Member
Obrigado pelas respostas! Yeah, eu estava pensando mais em assaltos e violencia. Eu lembro de estar na escola um dia na quarta serie e ser avisado que nos não podiamos sair pela porta da frente porque alguem tinha um refem bem na frente...e outro dia lembro tambem de alguem ter tentado assaltar o pai de algum estudante, mas o cara tirou a arma do assaltate e matou ele, tambem na frente da minha escola. Tambem lembro de um bando de assaltos que teve aonde entraram em apartamentos...

Eu tenho certeza que todo grande cidade no Brasil vai ter histórias parecidas (talvez nâo reféns), mas mesmo assim não são coisas tão comuns. E dependendo de qual região da cidade tu mora, esse tipo de coisa é raro. No geral, quanto mais pobre o bairro, mais violento.
 

Sblargh

Banned
Sei que isso soa meio estranho, mas é que de vez em quando amigos me perguntam como o Brasil é de verdade ignorando a media e tudo e eu tenho que dizer "Sinceramente, não faço a menor a ideia." Porque eu realmente não sei haha. Realmente não sei se as coisas que eu costumava ver em Belem acontecem no resto do Brasil.

Não existe Brasil de verdade. Não ter a menor ideia do que é o Brasil é a coisa mais brasileira que existe, então parabéns!
 

Subaru

Member
Aham. Eu sou um recém-uspiano (fiz faculdade privada na São Judas e aí mestrado na USP), não quero nem de longe desmerecer com isso, mas quando a USP aparece na lisa de "melhores universidades da américa latina" e tal é porque as coisas medidas são professores com doutorado e o quanto esses professores publicam, o que numa universidade direcionada para exatamente ter um monte de professor com doutorado que publica muito fica fácil. Obviamente não quer dizer que o ensino é ruim, mas há aí uma desconexão entre o que é ser um berço de ciência e um berço de profissionais. Há também uma confluência, mas enfim, as duas coisas não são exatamente a mesma de nenhum modo.

A USP também é enorme, e isso ajuda ela nos indicadores. Existem pouquissimas universidades tão grandes quanto a USP no mundo, e isso certamente contribui. Mas a USP apesar de longe de ser o berço de ciência que deveria ser, perto do que o país produz, ela ainda é referência, claro.

E sobre os Rankings, deve-se sempre observar os critérios. O Ranking da folha por ex faz todo malabarismo possível pra dizer que a UNIP é ótima. Pq será? ;-)


Universidades particulares tem mil problemas, sim. Talvez seria questão de regular melhor o que constitui ensino privado, mas sim, quando eu fiz São Judas era essa coisa bizarra de que os melhores professores eram demitidos um por ano, exatamente por serem os melhores professores, pois eram mais caros. Era uma anti-tenure, em que seu emprego estava mais em risco com o passar do tempo.

E olha que a São Judas não é nenhuma uniesquina. É tenebroso isso. Cadê a meritocracia? =P

Não sei como resolver isso sem o governo ir lá e legislar esse tipo de coisa, o que eu honestamente não sei se deveria ser feito; por tudo que uma universidade privada é escrota, elas não tem lá um lucro enorme também que a gente pode apontar ganância logo de cara.

Olha, a partir do momento que existem grupos enormes de universidade particulares q compram outras, eu duvido q não haja muito dinheiro rolando. E claro, devem esconder de todas as formas possíveis. As universidades lucram mto sim, senão não tava pipocando tantas por aí.

Por outro lado, acho que exigir que só doutores lecionem acho razoável; o problema entra naquilo que o Tomas fala, onde espera-se do cara ser cientista e professor tudo ao mesmo tempo; mas em país civilizado (que não é o caso dos EUA na educação) é normal precisar de mestrado para dar aula em colégio. E aí pagar e ter um ambiente de trabalho de acordo com o que um profissional com essa formação espera.

Deveria ser a norma também um doutorado para dar aula em universidade, pública ou privada.

Concordo, mas não temos doutores nem pra todas as federais, imagina pras particulares?
Exigir isso é demais. Até pq quem são os loucos que querem passar mais 7 anos (no mínimo) estudando pra no final começar ganhando 4, 5 mil reais por mês - com sorte? Os salários de professores são ruins em todos os níveis, apesar de pelo menos os professores universitários com experiencia conseguirem salarios bons depois.

Ou faculdades particulares tão boas e caras quanto a PUC onde o governo banca as mensalidades de quem não pode, que é o que é proposto quando alguém fala em privatizar as públicas.

Mas isso depende da iniciativa privada querer ter excelência e desencanar de demitir professor foda.
 

Sblargh

Banned
Grandes grupos engolindo universidades menores pode também ser indicador de que essas universidades menores estão fragilizadas financeiramente e acabam sendo aquisições baratas, mas digo isso com experiência em uma única universidade aqui perto de casa onde isso aconteceu.
Era um colégio que expandiu pra universidade graças ao Prouni e Pronatec, aí quando a Dilma começou a enxugar esses programas, ela começou a corte de gasto e corte de gasto até que veio um conglomerado e engoliu (e, como primeira medida, corte de gasto, então não comprou pra crescer o nome).
Acho (um achismo muito achista) que esses grandes grupos estão comprando agora esperando que se o país se recuperar e voltar a ter esses incentivos federais, eles voltam a crescer.
-
Quanto ao meu ideal... bom, é um ideal. Distante da realidade. =/
Mas essa é nossa geração, aqui e lá fora, o que nossos pais estudaram 4 anos (se estudaram) pra ganhar, a gente tem que estudar 10. Por outro lado, a pessoa a viver 200 anos se pá já nasceu. :p
 
Então, as cidades do norte/nordeste são consideradas bem violentas e geralmente estão presenter na lista das mais violentas do mundo (Rio, famosa pela violência e crime, não entra nessas listas, por exemplo). Pobreza é também acentuado, pelo o que eu vi de estatísticas de um livro que fala sobre favelas brasileiras (não lembro muito bem, though).

Em comparação a minha cidade (floripa), imagino que sejam beem diferentes. Eu sei que floripa pelo menos é diferente de Porto Alegre e totalmente diferente do Rio. Aqui tem violência, mas não é acentuado como no norte, e a pobreza não é muita. As favelas são bonitinhas até, mas por outro lado, a mobilidade urbana e falta de saneamento básico são problemas enormes, e a cidade em si falhar em trazer um desenvolvimento mais sustentável. A mobilidade é tão ruim que você chega a demorar 1:30 hora pra chegar em um lugar que, sem fila, demora 10 minutos. Como é capital pequena (região metropolitana com 1 mi habiltantes), também não tem muitas opções de eventos.
 

GunBR

Member
O problema disso da imagem lá fora é que as pessoas acabam generalizando demais
Eu até entendo pq eu tb acabo tendo certo preconceitos com outros países por coisas que leio na imprensa e etc
Só que aí por essa generalização (e as vezes por comentários de próprios brasileiros sem noção de realidade), tem gente que fica achando que vai chegar em qualquer canto do Brasil, colocar o pé fora do aeroporto e já vai ser assaltado ou sequestrado ou etc
Ou, segundo a imprensa internacional, era óbvio que todo mundo voltaria pro seu país infectado com a Zika depois das Olimpíadas.

E abrindo um parentese, apesar de ter visto críticas de vários países, acho que os jornais e sites ingleses foram disparado os piores. Qualquer notícia negativa que via sobre o Rio (antes e durante) quase sempre era de lá. Não sei se é pra tentar enaltecer a Londres 2012, mas a reação de lá é ridícula
Até por isso que não dou tanta bola quando vejo a UKGAF metendo o pau na Rio 2016, afinal a imprensa local está induzindo a isso
 

Sblargh

Banned
Minha ex mora em uma cidadezinha de Santa Catarina que poderia se chamar "meio-do-nada-reduto-de-italianos-SC". Aliás, acho que tem anos que eles até ganham concurso de cidade mais italiana do Brasil.
Enquanto namorávamos ela veio morar em São paulo. Os avós dela entraram em pânico. Assistidores convictos do Datena, eles morriam de medo, um medo muito sincero e profundo; preconceito, sim, mas, de novo, um preconceito muito sincero de que São Paulo é a cidade em que pessoas matam pessoas por motivos ridículos em massa.
Havia uma concepção muito grande que ela estava vindo para um lugar que, objetivamente, poderia ser qualificado como "mau".

E aí a gente entra naquela, sim, tem problemas; é meia noite, à esquerda tem um traficante, á direita tem um policial, eu honestamente vou pra esquerda, sem hipérbole. Mas né, não é o front de uma guerra. É muito acima do aceitável, mas eu jamais diria "fica aí na sua cidade, morar aqui, por si só, é um risco de vida".
Não é a visão que os avós da minha ex tinham. Eles achavam que morar em São Paulo, por si só, era um risco de vida. Valeu Datena por atrapalhar meu namoro.
 
GENTE EU ACHEI QUE EU IA CHEGAR BEUDO EM CASA E IA TER ENCONTRADO METADE DE VOCÊS COM O AVATAR DO NEYMAR JR. 0/10, O POLÔNIA GAF TERIA RESPONDIDO MELHOR.
 

Sblargh

Banned
Pergunta sobre política, porque a gente não fala disso o bastante aqui:
Vocês prefeririam, no legislativo pelo menos, que o voto só fosse possível no partido ao invés de em candidato?
Digo, na prática é isso que eu faço em todas as eleições desde sempre. Não mudaria em nada o meu voto; eu não consigo pensar um deputado ou vereador ou algo assim que eu possa dizer "odeio o partido, mas gosto da pessoa" sem cair no "mas se a pessoa é boa, qual o motivo de não ter saído do partido?"

Aqui na minha cidade são cerca de 544 candidatos a vereador (em São Paulo são 1274). A noção de que eu tenho que fazer uma escolha bem informada entre 544 indivíduos é ridícula e irracional; reduzir isso pra 35 partidos ainda é muito, mas soa uma decisão, no mínimo, melhor informada; além de que naturalmente restringe o voto aos partidos que eu tenho alguma noção do que defendem.

Eu não sei nem se mudaria assim a qualidade do voto; o cara que realmente gosta do Maluf votaria no PP porque o Maluf pediu pra ele votar no PP. A Espanha funciona assim e a democracia deles anda mais fubanga que a nossa esses dias (4 dissoluções do parlamento em acho que 2 ou 3 anos o que significa 4 eleições equivalentes a presidenciais lá), mas sei lá, pelo menos a coisa fica mais ideia e menos personagem, espero. E, no muito mínimo, mais simples. 544 candidatos; pessoalmente eu já decidi que só vou buscar qual sigla que é melhor.

http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2016/candidaturas

Aliás, pra se divertir com as estatísticas. Aqui em Santo André, a maior parte dos candidatos (8%) se dizem candidatos. Outros 8% se dizem comerciantes. Yay capitalismo, acho.
Mas temos um bibliotecário, um astrônomo, 11 cabelereiros ou barbeiros e, numa cidade do ABC paulista, berço do movimento sindical, só um metalúrgico e o partido dele é o PMDB.
 

allansm

Member
E abrindo um parentese, apesar de ter visto críticas de vários países, acho que os jornais e sites ingleses foram disparado os piores. Qualquer notícia negativa que via sobre o Rio (antes e durante) quase sempre era de lá. Não sei se é pra tentar enaltecer a Londres 2012, mas a reação de lá é ridícula
Até por isso que não dou tanta bola quando vejo a UKGAF metendo o pau na Rio 2016, afinal a imprensa local está induzindo a isso

Os jornais mais vendidos na Inglaterra são sensacionalistas, por isso críticas não me surpreendem. O nível dos delírios desses jornais é nível Veja delirando sobre o PT, com a diferença de que eles deliram sobre qualquer assunto.
 

Kid Ying

Member
Não sei como falar sobre Belém porque eu nunca fui lá, não sei se melhorou ou piorou. Minha família é do Piauí, então eu conheço o nordeste e sei o que é pobreza. Lá a cidade da minha família fica no meio de um sertão erodido com um monte de nada por quilômetros. Jaicós. A cidade não tem criminalidade quase nenhuma, mas também é do tamanho de um bairro do Rio. A alegria da cidade é a igreja no centro dela que tem uma pracinha bonita e... Só.

Do Rio eu posso falar: o Rio era FODA até uns anos atrás. Tenso demais. Rio de Janeiro já foi realmente muito violento. Com o tempo a sensação de insegurança foi diminuindo e hoje o Rio é mais uma cidade violenta, mas nada absurdo. Hoje ela tá aumentando de novo.

Mas veja, eu sou carioca e nunca fui assaltado. Vi um assalto na minha vida ao vivo. E só. Claro que não é pra dar mole dependendo de onde você tá. Se vai mexer no celular, fecha a janela do ônibus por precaução. Dependendo do bairro, nem puxa o celular e tal... São cuidados que o carioca já se acostumou. Muitas vezes nada acontece feijoada, mas também não da pra dar margem pro azar.

Se fosse pra falar do Rio e a mídia dele eu diria que é verdade e não é. Tanto pro bem quanto pro mal. Não dá pra acreditar no Rio perfeito onde só tem coisa boa e nem no Rio lixo. A verdade é que os dois existem. Ipanema é um bairro lindasso, agora, vai na vila do João pra ver o inferno na terra. Os dois existem e é isso aí.

Da pra viver no Rio? Tranquilamente. É alta a chance de você nunca se envolver com uma merda na vida. Infelizmente, numa cidade como essa, as vezes a merda vai até você.
 

Platy

Member
GENTE EU ACHEI QUE EU IA CHEGAR BEUDO EM CASA E IA TER ENCONTRADO METADE DE VOCÊS COM O AVATAR DO NEYMAR JR. 0/10, O POLÔNIA GAF TERIA RESPONDIDO MELHOR.

TO MUITO A FAVOR DOS ATLETAS DA OLIMPIADA !

AO CONTRARIO DO MINISTRO DOS ESPORTES E DA CBF

Pergunta sobre política, porque a gente não fala disso o bastante aqui:
Vocês prefeririam, no legislativo pelo menos, que o voto só fosse possível no partido ao invés de em candidato?
Digo, na prática é isso que eu faço em todas as eleições desde sempre. Não mudaria em nada o meu voto; eu não consigo pensar um deputado ou vereador ou algo assim que eu possa dizer "odeio o partido, mas gosto da pessoa" sem cair no "mas se a pessoa é boa, qual o motivo de não ter saído do partido?"

Na pratica já é meio o que acontece. O esquema de random Jean Willys ter voto sobrando que deu pro PSOL colocar mais uns dois ou 3 pessoas lá é basicamente isso =P

Mas sim, eu sou a favor de votar por partido nos cargos de escolha gigantesca.
 

allansm

Member
Pergunta sobre política, porque a gente não fala disso o bastante aqui:
Vocês prefeririam, no legislativo pelo menos, que o voto só fosse possível no partido ao invés de em candidato?

Com certeza. Só assim pra estimular os partidos a finalmente ter um programa e um pouco de coerência ideológica.
 

Apzu

Member
Pergunta sobre política, porque a gente não fala disso o bastante aqui:
Vocês prefeririam, no legislativo pelo menos, que o voto só fosse possível no partido ao invés de em candidato?
Digo, na prática é isso que eu faço em todas as eleições desde sempre. Não mudaria em nada o meu voto; eu não consigo pensar um deputado ou vereador ou algo assim que eu possa dizer "odeio o partido, mas gosto da pessoa" sem cair no "mas se a pessoa é boa, qual o motivo de não ter saído do partido?"
Voto em partido é como os votos deveriam funcionar em um sistema proporcional, as pessoas deveriam votar em ideologias e não na pessoa que tem cara de que não rouba ou que rouba menos. Eu costumo votar mais no partido do que no candidato para o legislativo, mas confesso que já votei no candidato uma vez. Mesmo assim, do jeito que estamos hoje eu não sou favorável a uma obrigatoriedade de votação em lista fechada. Não daria certo, as pessoas acabariam votando nos partidos e os partidos elegeriam os mesmos caras que já estão lá. Se for pra mudar regra de eleição eu prefiro a proposta da eleições limpas, que propõe um sistema em 2 turnos, em que se vota no partido no 1º turno e no candidato no 2º, é um bom sistema de transição para os brasileiros que desde sempre foram acostumados a votar em pessoas.
 
Top Bottom