Eu não tenho nada contra essa reforma.
Como professor, eu não me importaria em ser temporário todo ano por 9 meses se isso significa mais vagas, não adianta ter estabilidade no emprego se o tal do emprego não existe, mas aí, claro, isso meio que se encaixa especificamente no meu estilo de vida preguiçoso tudo bem ganhar pouco.
Quem sustenta família é outros quinhentos. Mas de qualquer forma, acho que no geral, vai acabar ajudando a economia.
http://mercadopopular.org/2015/04/como-a-terceirizacao-beneficia-negros-mulheres-e-jovens/
Vale notar também que não tem consenso internacional sobre isso.
Na França e Alemanha não pode terceirizar atividade primária, na Suécia e na Espanha pode.
Então sei lá o que dizer de "afundar o país"; o argumento não é econômico até onde eu vi, mas sim que a estabilidade do trabalhador está ameaçada, que enfraquece os sindicatos, coisa do tipo.
Mesmo entre os artigos contra que eu vi, acho que não vi um único dizendo que vai fazer mal pra economia ou que vai comer empregos. Pelo contrário, o argumento é que sim, empregos são gerados, mas eles são piores que os disponíveis, o que pra quem está desempregado tudo bem, acho.
(e aí o debate vai em linhas do tipo "é só permitir o trabalho escravo então, pleno emprego pra todo mundo" e por aí vai)
Isso de "afundar o país" eu não sei o que quer dizer nesse contexto.
-
Falando em reforma, acho esquisito o Maia estar indo atrás do voto em lista fechada, já que, me parece, ele tende a tirar a força desses partidos enormes sem identidade própria (DEM entre eles, mas PMDB principalmente) e fortalece partidos menores, especialmente de esquerda.
Partido feito DEM e PMDB é um agrupado caótico de político profissional que é famoso, pois sim.
É absurdo, mas eu entendo alguém votando no Sarney (crença de que aquela tal época da vida que foi boa ou aquela tal obra positiva foi "ele quem fez"), mas quem votaria no PMDB? Como partido? Quem diz "puxa, o PMDB representa os meus ideais?"
E o DEM? Que é só de modo muito vago uma coalizão de "direita" (que reúne figuras tão distintas quando um Fernando Holiday que se diz liberal, mas parece mais preocupado em fazer traquinagens pra emputecer quem vota no PSOL quanto cantor gospel querendo proibir pornografia quanto Rodrigo Maia que... sei lá, é de modo muito vago alguém de direita)
Mas quem diz "puxa, é com o DEM que me identifico. É neles que vou"?
Se a pessoa se diz liberal, é mais fácil ela cair pro NOVO ou pro PSL; se ela é conservadora, pra um PSC ou PRB da vida; se ela tá se fodendo pra política, ela vai ou pro PSDB ou pro PT.
De qualquer forma, o DEM perde, o PMDB em especial perde, até o PSDB e o PT corre o risco de perder para seus satélites mais ideológicos, mas com menos personalismo.
Eu apoio a medida, mas não consigo ver porque esse congresso de personalidades sem ideal apoiariam.