Fidel é "apenas mais um ditador", mas é um que é idolatrado aqui, um que partidos políticos reverenciam, um que gente no poder bate palmas, que gente que deveria estar lutando pela liberdade quer beijar os pés.
Quando Gaddafi morre a gente analisa a geopolítica da coisa, o imperialismo americano. Quando Kim-Jong Il morre a mesma coisa. Não afeta pessoalmente porque nós não estamos vendo, na nossa cara, por todos os lados, gente que critica a PM pela sua violência, justificando ditador fazendo isso com outro povo.
Brilhante Ulstra não é nem isso, é um pau mandado, não é nem quem dava a ordem, é só o peão que ia lá e, com sadismo, executava a ordem, e ainda assim dói ver quando aplaudem ele, lógico que dói, aconteceu aqui, na nossa casa, há pessoas que conhecemos (pessoalmente ou não) que foram torturadas por ele. É uma página vergonhosa na nossa história que carrega suas marcas. Ver um deputado, votado numa democracia, usando da liberdade de expressão para atacar esses valores é doentio.
O caso do Fidel machuca muito mais porque no campo "progressista" deveria haver muito menos tolerância à destruição completa dos direitos humanos em nome de políticas econômicas, mas não há.
"Quem ele matou não era nenhum anjinho, né?" - Defensor da PM paulista E de Fidel Castro.